RODEIO CRIOULO NACIONAL - CABAÑA RECREIO

27/09/2011 22:26

 

RODEIO CRIOULO NACIONAL

Sempre durante a Semana Farroupilha no mês de setembro, acontece na cidade de Ariquemes que dista 200 km da capital do Estado Porto Velho, mais uma etapa do Rodeio Crioulo Nacional. Já a mais de uma década e meia a Cabaña Recreio do saudoso tradicionalista gaucho Ernesto Cataneo abriga esse evento fantástico em torno da raça crioula que enaltece a festa com belíssimos exemplares da raça oriundo dos mais diversos e importantes criatórios do Brasil. No entanto, as competições são abertas para todas as raças de animais aptos para o tiro-de-laço comprido como: Manga Larga, Quarto de Milha, Paint Horse e Apaloosa, ainda que em menor número. Para os três dias de festas migram para cá cavaleiros e ginetes de todo o Estado, além daqueles que vêem de outros rincões como Rio Grande do Sul, para abrilhantarem ainda mais o palco de eventos, exempli Gratia!

Tudo isso regado a muito vinho, cerveja e costela assada. Sem falar no fandango com muita música gaucha que empolgam os visitantes o tempo todo.  O desfile das “prendas e Gurias” é um show aparte com muita beleza e simpatia. Os trajes tipos da cultura sulista deixam as crianças curiosas e os adultos mergulhados num misto de orgulho e melancolia por reviver a tradição de um povo afeito com o ar bucólico do campo. As danças no que constitui o “bailão” faz da festa uma pluralidade cultural empolgante, ao mesmo tempo em que se pode observar a singularidade que uma coisa tipicamente gauchesca pelo salão.

E, isso é um fato curioso, porque em nenhum outro povo do Brasil continental se vê tal demonstração das raízes tradicionais como no povo gaucho. Não porque eles sejam distintos (diferentes)’ mas porque eles se distinguem dos demais pela sua forte herança cultura. Pode-se dizer que o gaucho é gaucho o ano inteiro, ao passo que, os catarinenses são alemães durante a Oktuberfest. Já os Paulistas acham que são americanos só por causa do Barretão. “Bote reparo também que o baiano só é, de fato, baiano durante o carnaval porque depois ele tem que descansar o resto do ano na praia.

Vê –se que esse tipo de evento traz no seu alforje não só o competidor, como toda a sua família que às vezes viaja milhares de quilômetros para apoiar o marido, o filho ou filha. Piàzitos de quatro anos enchem de orgulhos seus pais com laçadas dignas de adultos profissionais na vaca-de-pau.  O laço prenda também é digno de nota - onde se pode ver gurias laçando novilhas pelas guapas no mais fino laço. Tem se aí, o mais belo exemplo de família saudável e feliz, que não lembra nem de longe, as tragédias e dramas familiares daquelas criadas por uma televisão medíocre que encarcera as famílias dentro de casa para assistirem seus astros que não passam de um bando de “noiados” e estrelas do lixo. Temos que ler mais Augusto Cury e Içami Tiba para educar essa geração perdida. O cavalo pode ser um bom começo para salvar seu filho. Pense nisso!